O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou uma ofensiva para apagar dados públicos sobre saúde, mudança climática e direitos da comunidade LGBTQIA+. Contra o que tem sido considerado como um crime contra a história, especialistas e voluntários trabalham para preservar milhares de páginas na web e sites governamentais sobre estes e outros assuntos.

A medida já afetou recursos sobre prevenção e tratamento da AIDS, registros meteorológicos e referências a minorias étnicas ou de gênero. Mais de 3.000 páginas do site da agência federal Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) foram removidas e mais de 1.000 do site do Departamento de Justiça, disse à AFP Paul Schroeder, presidente do Conselho de Associações Profissionais de Estatísticas Federais.

As agências federais devem evitar centenas de palavras como “mulher”, “deficiência”, “racismo”, “crise climática” e “poluição” em suas comunicações, informou o jornal The New York Times.

Na tentativa de reaver o material excluído, estão as ferramentas WayBack Machine, do Internet Archive, uma organização sem fins lucrativos, ou o Perma.cc, desenvolvido pelo Laboratório de Inovação de Bibliotecas da Faculdade de Direito de Harvard.

“Os dados são o farol moderno: eles nos mostram onde estamos para que possamos planejar para onde vamos”, resumiu Jack Cushman, diretor do Laboratório de Inovação de Bibliotecas da Faculdade de Direito de Harvard.
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Fonte: UOL.