Por Caio César Muniz, jornalista.
Nesta quarta-feira (09), o Brasil anoiteceu sobressaltado com a carta-bomba do presidente dos Estados Unidos da América, o tresloucado Donald Trump, ameaçando uma super taxação de 50% produtos brasileiros a partir do dia 1º de agosto.
O motivo: segundo o presidente norte-americano é o tratamento que o Brasil vem dando ao ex-presidente brasileiro Jair Messias Bolsonaro. “A forma como o Brasil tratou o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional. Este julgamento não deveria estar acontecendo.”
Sinceramente, não sei em que mundo vive Trump, decerto escastelado em suas muitas mansões que só ele viu este respeito “em todo o mundo” a Bolsonaro em seu período de presidente do Brasil. Em qualquer busca simples na internet poderemos vê-lo totalmente escanteado em alguns encontros de líderes mundiais realizados na sua gestão. Falando para seus próprios auxiliares, alguns com mais respaldo do que ele.
O certo é que a medida de Trump não é, como ele imaginou, contra a esquerda ou contra Lula, que, a depender das medidas que tomar, pode sair com alguma vantagem neste imbróglio. É o agro e a indústria, base do bolsonarismo, claque rica e poderosa do país que começa a surtar com os efeitos se a taxação vier a se concretiza.
Não é Bolsonaro que incomoda Trump, foram as ações do BRICS, realizada há poucos dias e que se coloca quase que independente da política trompista. Bolsonaro e a pseudo-luta por uma liberdade de expressão (olha só quem está falando) é mera cortina de fumaça.
Quem comemora a possível taxação, joga contra o Brasil, joga contra a economia do país e joga neste momento, contra aqueles mesmos que bancaram (e ainda bancam) a direita e a extrema-direita do Brasil, mas geram emprego e renda de alguma forma e que agora se veem atordoados diante do seu deus de barro.
E olhe que nem falei do deputado vira-latista Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente que há meses está abrigado nos EUA jogando contra o próprio país, “patriota” que é.
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